Curiosidades


                                             CURIOSIDADES



O caxixi, além de marcar presença nas rodas de capoeira, é também utilizado pelos pais dos candomblés e Angola para acompanhar certos cântigos.

O rapa é um jogo semelhante à capoeira, praticado nos quartéis, morros e terreiros onde um indivíduo no centro de uma sala, com outros ao redor, ginga e subitamente aplica uma banda ou uma rasteira em um dos participantes.

Urucungo significa berimbau em angolês.

Quebra-bunda é uma variação da capoeira, parecida com a quadrilha rural, mas sem a participação de mulheres.

A luta de Bimba que demorou mais tempo durou um minuto e dois segundos.
camboatá, maria. capoeirista baiana,retratada em corrido de capoeira, ficou famosa nas rodas de capoeira, e com certeza era mais uma mulher que enfrentou a moral social da época e esteve presente  na pratica cultural da capoeira, tornando-se lendária e imortalizada na tradição.

No dia comemorativo de Espírito Santo os capoeiristas do Macapá, Amapá, dirigem-se à igreja munidos de instrumentos. No caminho, pedem dinheiro "murta" para a realização da festa. Chegando à igreja benzem-se e fazem uma roda de capoeira. A essa manifestação é dado o nome de Marabacho.

A orquestra do samba de roda é composta por pandeiro, violão, chocalho e prato de cozinha arranhado por uma faca.

Antigamente, era costume os capoeiristas trajarem terno de linho branco. Era considerado bem jogador aquele que conseguisse sair da roda com o terno impecavelmente limpo.

Em 1908, quando D. João VI chegou ao Brasil, a capoeira serviu de instrumento nas mãos dos políticos.

Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna". Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior número de capoeiras.

Até o século XIX os "batuques" de negros eram estimulados por serem válvulas de escape e acentuarem as diferenças entre as diversas nações africanas. A partir de 1814, começaram a ser perseguidos - "brincadeira de negro" torna-se fato social perigoso de acordo com textos legais.

O frevo é uma mistura de capoeira de Angola e dança Russa.

Bate-baú é o nome dado a uma espécie de samba, originário da Bahia, onde os dançarinos ritmadamente davam umbigadas unindo os baixos ventres. O busto inclinado para trás e as pernas arqueadas produzia um ruído igual ou de uma caixa de madeira que se fecha.

Existe um conto no leste e norte da África sobre a origem do berimbau. Diz que uma menina passeando parou num rio para beber água, quando um homem veio por trás e deu-lhe uma forte pancada na nuca. Ao morrer, transformou-se num arco musical. Sou corpo converteu-se na madeira, seus membros na corda, sua cabeça na caixa de ressonância e seu espírito na música.

Em 1712 surge no vocabulário português e latino o termo "CAPOEIRA".

Canjiquinha foi o criador da Festa de Arromba, jogada nas festas de Largo da Bahia. Nessas comemorações vários capoeiristas se reuniam e jogavam em troca de dinheiro e bebida.

             






CURIOSIDADES... SAMBA DE RODA É uma dança que os ...
CURIOSIDADES...
SAMBA DE RODA
É uma dança que os negros do Congo e de Angola trouxeram para o Brasil e consiste em geral de se fazer uma grande roda em cujo centro um só dançarino ou par, faz evoluções e depois de muitos requebros da uma umbigada em outro dançarino de sexo diferente, que vai por sua vez para o centro, e assim sucessivamente.

Relação da capoeira e o berimbal

A primeira evidência que temos da prática da capoeira, vem do início do século XIX, não se sabe ao certo, se o jogo da capoeira associava-se ao som do berimbau.
Muitas gravuras do século XIX, mostra  a capoeira sendo jogada sem o berimbau, a luta era praticada ao som de tambores.
Nas gravuras que o berimbau é mostrado, o instrumento é usado somente em vendas ou para pedir esmolas.
No inicio deste século, um grande número de mestres e capoeiristas de Salvador, Recife e Rio de janeiros eram baianos.
Alguns historiadores citam que o único lugar onde o berimbau e a capoeira foram associados foi na cidade do Salvador por este motivo ela sobreviveu.
Em alguns locais onde o berimbau e o esporte foram banidos, os baianos se preocuparam na sua reestruturação como aconteceu no Estado do Rio de Janeiro.


Seqüência de Ensino do Mestre Bimba: Mestre Bimba criou o primeiro método de ensino da capoeira que consta de uma seqüência lógica de movimentos de ataque, defesa e contra ataque.

Iúna: Nome de uma ave. É também uma marca registrada da Capoeira Regional do Mestre Bimba, é um toque de berimbau criado pelo Mestre, era sempre tocado ao final da aula de capoeira ou em eventos especiais , um toque onde só os alunos formados tinham acesso á roda, sabendo que deveriam fazer um “jogo de floreio”, onde estivessem presentes, a plástica, a sagacidade, beleza, criatividade a malicia e tudo mais que pudesse surpreender o outro capoeirista.
A Iúna ou Anhuma é uma ave que vigia a mata. E que anuncia a presença de caçadores ou de qualquer perigo para os animais.

Capoeira Regional: praticamente a capoeira regional é identificada pelos golpes bem definidos, pernas esticadas, movimentos amplos, praticada na sua maior parte no alto e estilo definido.

BERIMBAU – Não existe documento que esclareça sobre a época que o berimbau foi introduzido na capoeira ou anexado á ela. Acreditamos que no século XIX, este fato já tenha acontecido. Já no livro de Manuel Quirino que foi escrito provavelmente na metade do século XIX, aponta o seguinte que no final do século XIX, a capoeiragem baiana já era jogada com berimbau.

Os escravos negros começaram a desembarcar no Brasil aproximadamente em 1548 e, nos séculos seguintes eram de origem banto e falam uma língua de nome Quimbundo.
Estes grupos eram constituídos de angolas, benguelas, Moçambique, cambindas e congos: eram povos de pequenos reinos e com domínio forte da agricultura possuíam visão plástica e sonhadora da vida, com grande capacidade de adaptação cultural segundo o antropólogo Ordep Serra.
No Brasil grupos étnicos antes sem muito contato resolveram unir-se pela escravidão formando uma cultura africana no Brasil a qual plantou bases e tradições muito fortes na cultura.
É evidente que a união de várias nações africana e de etnias diferentes originou o surgimento da capoeiragem ou vadiagem.



LÍNGUA PORTUGUESA DO BRASIL: UM SOPRO AFRICANO EM NOSSO IDIOMA



Palavras que tem sua origem nas diversas línguas faladas pelos diferentes povos africanos:





A
aluandê; balão por cima do corpo
aruandê;termo tupi,que dizer ¨ ajuda eu¨cantada em homengem a São sebatião.
axé;designa em nagô. aforça invesivel , aforça mágica -sagrada de toda  divindade, de todo ser animado de todas as coisas.
axé; clima contagiante do jogo, caracterizado pela roda animada com energia psitiva.

abará: bolinho de feijão.

acará: peixe de esqueleto ósseo.

acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).

agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.

angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.



B

bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.

bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.

banzar: meditar, matutar.

banzo: nostalgia mortal dos negros da África.

banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.

batuque: dança com sapateados e palmas.

banguela: desdentado.

berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.

búzio: concha.



C

 calunga; Deusa do mar e tambem dos cimitérios, em angola
               qualquer coisa de tamanho reduzido
 camboatá; peixe, corrido de capoeira
cachaça: aguardente.

cachimbo: aparelho para fumar.

cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.

Caculé: cidade da Bahia.

cafife: diz-se de pessoa que dá azar.

cafuca: centro; esconderijo.

cafua: cova.

cafuche: irmão do Zumbi.

cafuchi: serra.

cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.

cafuné: carinho.

cafungá: pastor de gado.

calombo: quisto, doença.

calumbá: planta.

calundu: mau humor.

camundongo: rato.

candomblé: religião dos negros iorubás.

candonga: intriga, mexerico.

canjerê: feitiço, mandinga.

canjica: papa de milho verde ralado.

carimbo: instrumento de borracha.

catimbau: prática de feitiçaria .

catunda: sertão.

Cassangue: grupo de negros da África.

caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.

caxumba: doença da glândula falias.

chuchu: fruto comestível.

cubata: choça de pretos; senzala.

cumba: forte, valente.



D

 dendê: planta da familia das palmáceas,trazida para obrasil pelos negros africanos
dendê; fruto do dendezeiro.

dengo: manha, birra.

diamba: maconha.



E

efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.

Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.



F

fubá: farinha de milho.



G

guandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.



I

inhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.

Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.

iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).



J

jeribata: alcóol; aguardente.

jeguedê: dança negra.

jiló: fruto verde de gosto amargo.

jongo: o mesmo que samba.



L


ladjia; dança espertacular martinicana ,pugilistica,que encena um combate violento entre dois dançarinos, ao som de cânticos e ritmado por tambores.com pesquisas dos ultimos anos tem mostrado, existiram e ainda existem lutas /danças/jogos de escravos africanos nas Amerícas, alguns dos quais continuam existindo até hoje, embora tenham sofridotransformações similares ás da capoeira brasileira.entre elas é importante salientar a ladja, praticada na Martinica,cuja asemelhança com a capoeira é, de fato impressionante . não só do ponto de  vista técnico e da execução dos movimentos ( verifica-se apresença de movimentos como , armada,queixada,meia-lua e diversos outros) como, o que é mais importante , o fato de congragrar aspectos lúdicos, músicais(pratica-se  ao som de atabaques) e de combate corporal
libambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).

lundu: primitivamente dança africana.



M

macumba: religião afro-brasileira.

máculo: nódoa, mancha.

malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.

maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.

marimba: peixe do mar.

marimbondo: o mesmo que vespa.

maxixe: fruto verde.

miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.

milonga: certa música ao som de violão.

mandinga: feitiçaria, bruxaria.

molambo: pedaço de pano molhado.

mocambo: habitação muito pobre.

moleque: negrinho, menino de pouca idade.

muamba: contrabando.

mucama: escrava negra especial.

mulunga: árvore.

munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.

murundu: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.

mutamba: árvore.

muxiba: carne magra.

muxinga: açoite; bordoada.

muxongo: beijo; carícia.

massagana: confluência, junção de rios em Angola.



O

Ogum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.

Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.



P

puita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.



Q

quenga: vasilha feita da metade do coco.

quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.

quibebe: papa de abóbora ou de banana.

quilombo: valhacouto de escravos fugidos.

quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.

queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .

quimbebé: bebida de milho fermentado.

quimbembe: casa rústica, rancho de palha.

quimgombô: quiabo.

quitute: comida fina, iguaria delicada.

quizília: antipatia ou aborrecimento.



S

samba: dança cantada de origem africana de compasso binário (da língua de Luanda, semba = umbigada).

senzala: alojamento dos escravos.

soba: chefe de tribo africana.



T

tanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.

tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.



U

urucungo: instrumento musical.



V

vatapá: comida.



X

xendengue: magro, franzino.



Z

zambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.

zumbi: fantasmas.

A historia do maculele



Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, cidade marcada pelo verde dos canaviais, é terra rica em manifestações da cultura popular de herança africana. Berço da capoeira baiana, foi também o palco de surgimento do Maculelê, dança de forte expressão dramática, destinada a participantes do sexo masculino, que dançam em grupo, batendo as grimas (bastões) ao ritmo dos atabaques e ao som de cânticos em dialetos africanos ou em linguagem popular. Era o ponto alto dos folguedos populares, nas celebrações profanas locais, comemorativas do dia de Nossa Senhora da Purificação (2 de fevereiro), a santa padroeira da cidade. Dentre todos os folguedos de Santo Amaro, o Maculelê era o mais contagiante, pelo ritmo vibrante e riqueza de cores.

Sua origem, porém, como aliás ocorre em relação a todas as manifestações folclóricas de matriz africana, é obscura e desconhecida. Acredita-se que seja um ato popular de origem africana que teria florescido no século XVIII nos canaviais de Santo Amaro, e que passara a integrar as comemorações locais. Há quem sustente, no entanto, que o Maculelê tem também raízes indígenas, sendo então de origem afro-indígena.

Conta a lenda que a encenação do Maculelê baseia-se em um episódio épico ocorrido numa aldeia primitiva do reino de Ioruba, em que, certa vez, saíram todos juntos os guerreiros para caçar, permanecendo na aldeia apenas 22 homens, na maioria idosos, junto das mulheres e crianças. Disso aproveitou-se uma tribo inimiga para atacar, com maior número de guerreiros. Os 22 homens remanescentes teriam então se armado de curtos bastões de pau e enfrentado os invasores, demonstrando tanta coragem que conseguiram pô-los em debandada. Quando retornaram os outros guerreiros, tomaram conhecimento do ocorrido e promoveram grande festa, na qual os 22 homens demonstraram a forma pela qual combateram os invasores. O episódio passou então a ser comemorado freqüentemente pelos membros da tribo, enriquecido com música característica e movimentos corporais peculiares. A dança seria assim uma homenagem à coragem daqueles bravos guerreiros.
No início do século XX, com a morte dos grandes mestres do Maculelê de Santo Amaro da Purificação, o folguedo deixou de constar, por muitos anos, das festas da padroeira. Até que, em 1943, apareceu um novo mestre – Paulino Aluísio de Andrade, conhecido como Popó do Maculelê, considerado por muitos como o “pai do Maculelê no Brasil”. Mestre Popó reuniu parentes e amigos, a quem ensinou a dança, baseando-se em suas lembranças, pretendendo incluí-la novamente nas festas religiosas locais. Formou um grupo, o “Conjunto de Maculelê de Santo Amaro”, que ficou muito conhecido.
É nos estudos desenvolvidos por Manoel Querino (1851-1923) que se encontram indicações de que o Maculelê seria um fragmento do Cucumbi, dança dramática em que os negros batiam roletes de madeira, acompanhados por cantos. Luís da Câmara Cascudo, em seu “Dicionário do Folclore Brasileiro”, aponta a semelhança do Maculelê com os Congos e Moçambiques. Deve-se citar também o livro de Emília Biancardi, “Olelê Maculelê”, um dos mais completos estudos sobre o assunto.

Hoje em dia, o Maculelê se encontra integrado na relação de atividades folclóricas brasileiras e é freqüentemente apresentado nas exibições de grupos de capoeira, grupos folclóricos, colégios e universidades.

Domingo, 28 de agosto de 2011

puxada de rede






O teatro folclórico que retrata a puxada de rede, conta a história de um pescador que ao sair para o mar em plena noite para fazer o sustento da
família, despede-se de sua mulher que, em mau pressentimento, preocupa-se com a partida do marido e o assusta dizendo dos perigos de sair à
noite, mas o pescador sai e deixa-a a chorar, e os filhos assustados.
O pescador sai para o mar e leva consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, seus companheiros de pesca e a bênção de Deus.
Muito antes do horário previsto para a volta dos pescadores, que seria às cinco horas da manhã, a mulher do pescador, que ficou na praia esperando a hora do arrasto, teve uma visão um tanto quanto estranha. Ela vê o barco voltando com todos à bordo muito tristes e alguns até chorando. Quando os pescadores desembarcam, ela dá pela falta do marido e os pescadores dizem a ela que ele caiu no mar por conta de um descuido e que devido à escuridão da noite, não foi possível encontrá-lo, ficando ele perdido na imensidão das águas.
Ao amanhecer, quando foram fazer o arrasto da rede que ficara no mar, os pescadores notaram que por ter sido aquela uma noite de pouca pesca, a rede estava pesada demais. Ao chegar todo o arrasto à praia, já com dia claro, todos viram no meio dos poucos peixes que vieram, o corpo do
pescador desaparecido. A tristeza foi instantânea e o desepero tomou conta de todos ali presentes.
Prossegue-se então os rituais fúnebres do pescador sendo levado à sua morada eterna pelos amigos que estavam com ele no mar, sendo seu corpo carreagado nos ombros, pois a situação financeira não comportaria a compra de uma urna, o cortejo segue pela praia.